NAEG

Nossos trabalhos são realizados da seguinte forma:

Giras
Todas sexta-feiras, com início às 20:30h.

Intercalando entre linhas de Pretos velhos e Baianos, com passes dos Caboclos no início de todos os trabalhos.


Curso: Teologia de Umbanda e Desenvolvimento mediúnico
Todas às segundas-feiras com início às 20hs.
Maiores informações envie email para :
naeg@globo.com

Grupo de Energização e Cura

Atendimento apenas para pessoas encaminhadas pelas Entidades dos trabalhos de sexta feira.



Eventualmente realizamos Giras Ciganas aos sábados, avisaremos com certa antecedência.





quarta-feira, abril 06, 2011

TRONO MASCULINO DO AMOR- Por Alexandre Cumino



Trono ­Masculino do Amor
Por Alexandre Cumino
Oxumaré, Eros, Kâma, Heindal, Angus Óg, Tamuz, Comentário.
Oxumaré  Divindade da Umbanda, é o Trono Masculino do Amor, absorve o amor em desequilíbrio de forma ativa reconduzindo o ser ao caminho do equilíbrio. Cósmico, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más ­intenções.
Fator renovador, atua “reciclando”, renovando, a vida do ser. Divindade da alegria, nos ajuda também a sermos mais crianças, puros. Elemento cristalino-mineral muito presente nas cachoeiras. Sua cor é o colorido do arco-íris.
Faz par com Oxum, nesta linha do amor, onde numa cachoeira quando vemos suas águas caírem em queda, na luz do Sol, Oxumaré se faz presente no arco-íris que se forma do vapor d‘água, subindo até a cabeceira da cachoeira.
Ponto de força na cachoeira. Cor: todas as cores do arco-íris. Pedra: Fluorita.
Eros  Divindade grega, Cupido entre os romanos, filho de Afrodite e Ares, disparava flechas de amor, menino alado, uma corporificação do amor. Atormentava Deuses e humanos, com uma tocha que inflamava os desejos ou as flechas que insuflavam o Amor.
Kâma  Divindade hindu, Senhor do amor e do desejo, esposo de Rati (divindade da volúpia). Representado sob a figura de um adolescente, armado de arco e flechas. Considerado uma divindade muito antiga e que alguns mais tarde lhe deram características negativas.
Heindal  Divindade nórdica da luz, chamado de “Deus reluzente de dentes de ouro”, ele é o guardião da ponte do arco-íris.
Angus Óg — Divindade celta, filho de Boann com Dagda, adotado por Midir. Seu nome quer dizer “deus jovem”.  É a divindade do amor e da juventude. Como um cupido lançava beijos pelo ar que após atingir seu objetivo se transformavam em aves delicadas para alegrar a vida dos apaixonados.
Tamuz — Divindade babilônica da primavera, das flores, das plantas verdes e filhotes dos rebanhos.
Comentário: Trono Masculino do Amor, Oxumaré, não tão comum nas mitologias, parece-nos mais fácil relacionar a figura feminina com o sentido do amor. Geralmente as Divindades masculinas se voltam mais para os outros sentidos da vida, sendo a natureza masculina mais racional. Há ainda muito campo para o estudo e muitas Divindades a serem descritas como Trono Masculino do Amor. Na Umbanda, é sincretizado com São Bartolomeu, que aparece enrolado em uma cobra até a cintura, um dos símbolos de Oxumaré.
Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras (www.madras.com.br)

TRONO FEMININO DO AMOR- Por Alexandre Cumino



Trono Feminino do Amor
Por Alexandre Cumino
Oxum, Afrodite, Vênus, Hebe, Concórdia, Carmenta, Juturna, Pax, Lakshmi,  Ísis, Ganga, Ranu Bai, Hator, Ísis, Bast, Freyja, Blodeuwedd, Allat, Ishkhara, Kwan Yin, Chang Um, Tsai Shen, Kwannon, Maile, Erzulie, Astarte, Xochiquetzal, Chu-Si Niu, Sammuramat, Branwen, Anahita, Erzulie Freda, Partaskeva, Caritas ou Graças, Branwen, Comentário.
Oxum — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino do Amor, irradia o amor o tempo todo de forma passiva não forçando ninguém a vivenciá-lo, mas sustentando a todos que têm amor.
Fator agregador e conceptivo, traz a energia e o magnetismo, de Amor, que agrega e une desde os átomos e planetas até as pessoas. Também atua nas concepções através dessas uniões que se estabelecem a partir de suas qualidades.
Elemento mineral, rios e cachoeiras são seu ponto de força. Pode ser simbolizada ainda por um coração, a ela são feitos os pedidos para o amor em todos os sentidos. Também considerada Senhora do ouro, lembra que o verdadeiro ouro da espiritualidade é o Amor e que com ele se atrai toda a prosperidade, tanto na matéria como em espírito, esta é a chave da interpretação para essa sua relação com o ouro material. Cor: amarelo, rosa, azul-claro ou dourado. Pedra: quartzo rosa, pirita e ouro.
Afrodite  Divindade grega, conhecida como Vênus entre os romanos. O nome já explica sua origem “nascida da espuma”, é a grande Deusa do Amor, sua beleza era inigualável, casada com Hefaístos, teve casos com Ares, Hermes e Dionísio. Mãe de Eros e Príapo.
Hebe — Deusa grega da juventude, era responsável de servir o néctar e a Ambrósia, alimento dos deuses. A criada ideal dos deuses, quando Héracles ganhou a imortalidade, tornou-se sua esposa.
Concórdia — Divindade grega da reconciliação e da ­harmonia.
Carmenta — Divindade romana, padroeira dos partos e dos recém-nascidos. Recebia oferendas de arroz e pastéis, modelados na forma de genitálias femininas. Costumava-se pedir a ela que lhes dessem um parto tranqüilo.
Juturna — Divindade romana das fontes e águas sagradas, senhora das profecias.
Pax — Divindade romana da Paz.
Lakshmi — Divindade hindu do ouro, fortuna, prosperidade, beleza e Amor. Consorte de Vishnu. Muito popular na Índia, ­sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem-estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado. Surgiu das águas cósmicas da eternidade. Traz riqueza material e ­espiritual.
Ganga  Divindade hindu que é o próprio rio Ganges ou aquelas dos seios aos quais o rio saiu.
Ranu Bai — Divindade hindu que com a água de todos os rios em seu jarro de ouro trazia a fertilidade às mulheres.
Hator  Divindade egípcia, “a casa de Hórus”, Senhora do céu e do horizonte (em dendera). Uma das Divindades que melhor representa o sentido do Amor.
Ísis  Divindade egípcia, uma das mais importantes Divindades do panteão egípcio. Também chamada de senhora dos mil ­nomes.
Divindade de forte personalidade percorre os quatro cantos do globo, por Amor, atrás dos pedaços de seu marido, Osíris, assassinado pelo irmão Set. Tendo encontrado todas as partes (menos o falo que continuou desaparecido) do amado, ainda conseguiu unir-se a ele assim concebendo o filho Hórus. Com o tempo, Ísis teve seu culto muito difundido, passando assim a absorver as qualidades de outras Divindades femininas que deixavam de ser adoradas. Além de uma grande Divindade do amor, tornou-se também a Deusa Mãe, já absorvendo e manifestando qualidades do Trono Feminino da Geração, conhecido como Yemanjá. Cleópatra foi uma sacerdotisa de Ísis, colaborou muito para levar seu culto aos “quatro cantos do globo”, ela se autodenominava “A Nova Ísis”, vestindo-se de Ísis nos rituais públicos. Tendo se envolvido com Júlio César e Marco Antônio, teve facilidade em instituir o culto de Ísis em Roma. É dito que a Catedral de Notre Dame, na França, foi um dos templos de Ísis.
Bast — Divindade egípcia com cabeça de gata, Divindade solar aparece como o aspecto bom, doce e agradável do Sol, enquanto Sekmet rege os aspectos de purificação e destruição.
Bast era adorada em Bubastis, trazia alegria e prazer estando ligada à dança, à música, à saúde e à cura.
Freyja — Divindade nórdica, feminina, uma das três esposas de Odin e mãe de Balder. Divindade do Amor e da Beleza. De seu nome deriva o nome da sexta-feira (Freitag, em alemão; Friday, em inglês). Freyja é o aspecto sensual desta divindade enquanto suas qualidades de Mãe ficam sob o nome de Frigga. Freyja foi amante de quase todas as Divindades masculinas, aparecia em um manto de plumas, não usando mais nada além de seu colar de Âmbar; todos ficavam embriagados por sua beleza e magia.
Blodeuwedd — Divindade celta, no seu aspecto de donzela, jovem, representa o amor, as flores e a primavera.
Allat  Divindade babilônica da cópula, das uniões, atua no campo do Amor ajudando as pessoas a conceberem a vida e os ­projetos.
Ishkhara — Deusa babilônica do amor, sacerdotisa de Ishtar.
Kwan Yin — Divindade chinesa do amor faz parte de um culto ancestral muito antigo, que se perde no tempo, também representa a paz, o perdão, a cura e a luz.
Chang Um — Divindade chinesa, protetora das parturientes e dos recém-nascidos, padroeira das mulheres.
Tsai Shen — Divindade japonesa da riqueza. Traz os símbolos de boa sorte como o sapo de três pernas, as moedas, a caixinha do tesouro com o espírito da fortuna, o morcego e os lingotes de ouro.
Kwannon — Divindade japonesa do amor, do perdão e da paz.
Maile — Divindade havaiana, é aquela que rege a Hula (dança sagrada), a alegria e a sedução. É ainda representada com a murta, trepadeira de flores muito cheirosas.
Erzulie — Divindade haitiana do amor e da sexualidade.
Astarte — Divindade canaanita, seu nome significa “o ­ventre”, de grande sensualidade, regia o amor, o desejo e a paixão. Usava o vermelho e o branco simbolizando o sangue menstrual e o sêmen.
Xochiquetzal  Divindade asteca, significa “flor preciosa”. Ela é a deusa das flores, do amor, criadora de toda a humanidade e intermediadora dos deuses.
Foi mulher do deus Tlaloc, deus da chuva, mas acabou sendo raptada por Tezcatlipoca que a levou aos nove céus. Vivia em Tamoanchan na “Árvore Florida”, um verdadeiro paraíso. Teve vários nomes incluindo Ixquina e Tlaelquani.
Chu-Si Niu — Divindade tailandesa dos partos, recebia oferendas de flores em seus templos.
Sammuramat — Divindade assíria, Senhora do Amor, da fertilidade e sexualidade.
Branwen — Divindade escocesa do Amor, da sexualidade, da Lua e da noite. Chamada de “Seios Brancos” ou “Vaca Prateada”.
Anahita — Divindade persa do Amor, considerada uma das Divindades governantes do império. Considerada como o poder fertilizador da Lua e das águas. Senhora da concepção, purificava o sêmen e consagrava o ventre e seios da mulher. Aparecia como uma linda mulher vestida de dourado e ornada com peles, diademas e colares de ouro.
Erzulie Freda — Divindade haitiana do Amor, cultuada e oferendada nas cachoeiras.
Partaskeva — Divindade eslava do amor e da sexualidade. Regente da água trazia fertilidade, bênçãos para as uniões matrimoniais e saúde.
Caritas ou Graças — Divindades doadoras do carisma e da graça. Para os romanos, eram aspectos de Vênus, chamadas de ­Vênia, ou Afrodite para os gregos.  Seus nomes eram Aglaia, a brilhante, Thaleia, a que traz flores, e Euphrosyne, a alegria do coração.
Branwen — Divindade galesa do amor, conhecida como a divindade do seio branco, seu nome significa “corvo branco”.
Comentário: O Trono Feminino do Amor, Oxum, torna-se um dos Tronos mais presentes nas culturas, facilmente identificado, sendo a Mãe do Amor Universal ou ainda a donzela que representa o despertar do amor e da beleza. Na Umbanda, sincretizada com Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Concepção, Santa virginal e imaculada que representa o Amor em seu sentido mais puro.
Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras (www.madras.com.br)

QUANDO GANHEI OS MEUS PAIS- Enviado por Edlaine Ferrari



Aquela parecia ser mais uma simples tarefa de escola de uma menina de oito anos.
A apostila mostrava contas a serem feitas, probleminhas a serem resolvidos e diversas perguntas sobre assuntos distintos.
Porém, na última folha havia um verdadeiro tesouro, que emocionou professores, psicopedagogos e pais.
Eis o enunciado: Faça um desenho que represente um fato marcante de sua vida.
E lá estava o desenho colorido de uma mulher com um bebê nos braços e, ao seu lado, a figura de um homem, ambos sorrindo.
Acima da cena, escrito com uma letra caprichada – dessas que se demora muito para terminar de escrever – estava:
Quando eu ganhei os meus pais.
Como conter as lágrimas perante tão singela declaração de amorQuando eu ganhei os meus pais.
Ela se lembrava, com carinho, que havia chegado àquele lar de amor, há pouco mais de oito anos, através da via bendita da adoção.
Era um dos primeiros momentos em que o coraçãozinho aprendiz agradecia a Deus pela oportunidade de ter uma família amorosa na Terra.
Outras crianças lembraram de viagens, de presentes de Natal, de passeios inesquecíveis. Mas ela lembrou de agradecer pelos pais.
*   *   *
Pensando agora em todos nós, será que lembramos de guardar na alma toda essa gratidão por aqueles que nos receberam com tanto afeto, com tanta coragem?
Você se lembra quando você ganhou seus pais? Pois, sim, são grandes presentes que recebemos ao renascer.
Muitas vezes o coração infantil nos vem relembrar coisas que o velho coração parece ter esquecido.
Todos ganhamos nossos pais. E mais, não foram pais quaisquer, escolhidos pela força da aleatoriedade. Foram os pais que precisávamos, no momento que precisávamos.
Talvez ainda não entendamos isso muito bem, mas com o passar dos anos, após muitas análises, muitas lembranças, vamos percebendo, amadurecidos, que tudo faz sentido.
Às vezes acabamos caindo em si quando é muito tarde, e então somos corroídos pelo remorso devastador.
Por que esperar para agradecer? Por que aguardar aquela ocasião especial para reconhecer e manifestar a gratidão?
Por que ainda nos constrange tanto dizerVocê é importante para mim, ou Amo muito você?! Por que ter vergonha de amar, de agradecer?
Gratidão que não está apenas no ato de se agradecer. O famoso muito obrigado é apenas a ponta do iceberg da gratidão.
Gratidão se manifesta todos os dias, desde que se desperta e se agradece a Deus por esses amores; passando pela convivência respeitosa, amiga, compreensiva; chegando até aos gestos maiores de desprendimento em prol desses a quem devemos a vida.
Agradeçamos enquanto há tempo. Agradeçamos enquanto é hoje.
Gratidão faz bem a todos. Faz bem a quem a carrega no coração. Faz bem a quem a recebe como inesperadas flores perfumadas que caem sobre as mãos e tornam a vida mais feliz.
*   *   *
Quando eu ganhei os meus pais, ganhei também a certeza de ser amado...
Quando eu ganhei os meus pais, fui inundado de força de vontade, de desejo de acertar e de amar também.
Quando eu ganhei os meus pais, resolvi dar mais uma chance ao amor, e depois mais uma, e depois mais outra...
Quando eu ganhei os meus pais, foi quando me senti, realmente, protegido...
Redação do Momento Espírita.
Em 04.04.2011

sexta-feira, março 18, 2011

VERDADE DE VERDADE- Enviado por Edlaine Ferrari







Verdade de verdade
Eu vejo você.
Fecho meus olhos e vejo você.
Olho pra você, todos seus detalhes, seu rosto, seu corpo, eu vejo.
Mas muito mais. Eu te conheço. Sei o que você pensa mesmo calado. Eu vejo dentro de você.

Faz cara de mau e por dentro está assustado. Mascara.
Faz cara de descolado, mas está preocupado, com tudo, com todos, tudo é uma ameaça.
Cara de “nem ai”, mas não é verdade.
Cara de confiante, mas não confia em si.
Não sou seu carrasco, nem juiz, só estou confrontando você. Só estou lhe mostrando o que você não consegue ver. Vê, mas não vê.
Olha lá, roupa engomada, gola pra cima, nariz pra cima e medo. Vaza medo.
Medo do que? De tudo.
Medo de descobrirem que você não é o que parece.
Se alguém se aproximar de você, convidar pra sair, pra trabalhar, vai descobrir que você não é o que parece ser. Vai saber quem você é.
O que você vai fazer? Contar outra mentira?
Pode ir fazendo assim, você até engana bem, de repente você consegue ir até o fim da vida assim, até ficar velhinho.
Passa mais cola na mascara, ela está caindo. Tanto tempo fazendo isso que não esta mais colando.
Eu lhe quero bem. Como disse, só estou confrontando você.
Vejo o filme de sua vida facilmente e vejo quantas vezes você não soube quem era. Quantas vezes fez coisas para tentar se encaixar em algum personagem. Roupa da moda, lugares da moda, amigos descolados, e você sem saber quem é você.
Vejo quanto você se nega a seus desejos, só para não cair a mascara.
Vejo quanto você não é autentico, só para sustentar um modelo idealizado por você.
Só para manter um modelo de “correto”, que você quis fazer todo mundo acreditar... E agora tem vergonha de mostrar que você não é quem quis mostrar que era... Que você não é tão certo como quis parecer... Que você não é um exemplo de perfeição.
Você tem defeitos, tem manias, tem desejos, têm faltas, tem um monte de coisa que tentou negar, disfarçar, esconder. Muita coisa é o oposto do que parece.
Mas, você também é amor, companheirismo, amizade, sorriso, felicidade, sinceridade, luz e muito mais. Sei que criou uma mascara não por mal, apenas para ser aceito. Seus pais lhe disseram “faça isso, não faça aquilo, isso é feio, aquilo é bom”, mas nem eles faziam o que falavam... Você aprendeu assim. Com os amigos, na escola, no trabalho, nos grupos sociais, também não foi diferente... Todo mundo mascarado. Todos falando “Isso é bom, isso é ruim, faça isso, não faça aquilo” e eles também não faziam o que diziam. Eles também não eram o que pareciam ser.

Sei que você sempre se mostrou mais feliz do que é, mais confiante do que é, mais belo do que se acredita, mais corajoso do que é.
Não é sua culpa. Não é sua culpa.

Mas você pode mudar o quadro. Mudar a vida.

Eu sei que você nem sabe quem é debaixo de tudo isso. Mas comece tirando a mascara.
Olhe no espelho psíquico, ponha a mão na face e tire a mascara... Agora esse é você.
Não se preocupe, não tenha medo, tenha coragem, confie, você pode se conhecer.

Esta é sua face.
Agora lave a sua cara na pia psíquica para tirar qualquer resíduo de cola da mascara.
Veja como você esta melhor.

Este é um passo, um grande passo.
Ainda é preciso mais, muito mais.
Eu vi você negando seus desejos mais simples e os mais profundos também.
Eu vi você abrindo mão de sua felicidade para agradar alguém, em troca de um sorriso amarelo.
Eu vi aqueles que nem sabem quem são, exigindo coisas de você.
Eu vi aqueles que nem sabem aonde vão, dizendo onde você tem de ir.

É a sua vida, grite “Chega!”.
Grite com alma, com coragem, com coração, com amor. Amor por você.
Assuma-se, cuide-se, ama-se, adote-se, assuma a responsabilidade e as conseqüências.
Seja seu tutor, seu fornecedor, seu mantenedor, seu viabilizador, seu responsável.
Seja você.

Eu vi você tanto tempo se negando e tão perto de ser você. Tão simples de ser você.
Basta se assumir, basta deixar que quem diga o que é certo ou errado, o que gosta e o que não gosta, seja você. Só você deve satisfação a você.

Você não precisa abandonar quem precisa de você. Apenas seja autentico com si. Não autentico com eles, mas com si. Não dá pra ser autentico com o outro, só da pra ser autentico com si. E então você estará sendo autentico com os outros e com a vida.

Se você ainda não entendeu, é simples, permita-se a seus desejos, faça o que tem vontade de fazer, viva o que quer viver. O outro é o outro e só ele pode fazer o mesmo por ele.
Cuide-se e deixe que os outros cuidem de si mesmos.

Ajudar? Apenas quando for possível e quando não interferir em quem você é.

Só há uma pessoa na vida que realmente depende de você. É você mesmo.

As suas roupas devem agradar a você, seu cabelo deve agradar a você, seu jeito de falar, suas vontades, seus desejos, seu lazer, seu trabalho deve agradar a você.

Você busca ser aceito pelos outros, mas você se aceita?
Só quando você se aceitar como você é, algo poderá mudar, alguma felicidade poderá ser conquistada, alguma paz.

Eu vejo você, é tão simples, é belo, é honesto, é divino. Seja quem você é.

Não há lugar aonde chegar, coisa a conquistar, cargo a ocupar, tarefa a cumprir.
Há apenas o Ser você.
Não num momento futuro, não em algum lugar no passado. Só agora.
Você pode Ser agora o que é de verdade. Eu vou amá-lo como você é.
Deus vai amá-lo como você é, sua família, seus amigos e todos vão amá-lo.
Você já é amado, mas será mais feliz sendo quem você é.

Não há algo de errado em querer isso ou aquilo, não há o que os outros vão pensar.
Há apenas o você com você.
Não é mais preciso fingir ser o que não é. Eu aceito você como você é.

Você é a única pessoa que pode permitir a sua felicidade. Permita-se.

Aceite-se, permita-se e seja feliz. É tão belo Ser você.

 

Abraços do Todo que o ama.




Transcrito por Flávio Baraldi - Apenas um canal
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segunda-feira, março 14, 2011

QUARESMA: TRABALHAR OU NÃO???- Por Pai Ronaldo Linares





QUARESMA: TRABALHAR OU NÃO???
DEVEM OS TEMPLOS DE UMBANDA TRABALHAR
NO PERÍODO DA QUARESMA?
Por Pai Ronaldo Linares

A Umbanda e o Candomblé tem tudo a ver com o período colonial brasileiro, ou seja, com a época que, para a vergonha de todos nós, o poder branco europeu instituiu a escravidão dos negros para a salvação de suas almas.
Dizia-se que era a forma de fazer com que os negros e suas crenças nos Orixás africanos, se tornassem bons cristãos para salvarem suas almas.
Com esse pensamento hipócrita e, depois de fracassarem nas tentativas de se escravizar os índios brasileiros, a Igreja Católica Apostólica Romana, atendendo às solicitações do Bispo espanhol Dom Bartolomeu de Las Casas, conseguiu do Papa a autorização para que se importassem da África os negros escravos, alegando que a igreja de Cristo não permitia que se fizesse escravo um homem livre, mas, nada tinha a opor que se utilizasse (ou que se comprasse, como se fosse qualquer mercadoria), um homem que já era escravo.

Desta forma, contrariando o verdadeiro ensinamento de Cristo, a igreja importou milhões de negros nos quatro séculos que durou a escravidão.  Depois, o Papa pediu perdão e ficou tudo por isso mesmo...

Ironias e hipocrisias à parte, as cortes européias, com o apoio dos padres, durante mais de quatrocentos anos tentaram impor aos negros, mestiços e mesmo aos brancos desafortunados, seus valores e sua religião mesmo que, invocando Nosso Senhor Jesus Cristo, mantinha a riqueza da nobreza européia, à custa da dor, do sofrimento e do sangue destes infelizes africanos.

Obrigados a se tornarem cristãos, os negros eram obrigados a renegar suas crenças, a tomarem nomes cristãos e a cumprir todo o ritual cristão para não serem punidos pelos senhores brancos.
Quatrocentos anos de escravidão tornaram o Brasil, um país de mestiços.  Cinqüenta por cento, ou mais, de sua população é de origem africana.  Por isso é que, mesmo mantendo por todo esse tempo sua verdadeira crença nos Orixás, foi preciso esconder suas práticas religiosas nos rituais cristãos.  Nosso Calendário Litúrgico é cristão, então, São Jorge passou a ser Ogum; Nossa Senhora virou Iemanjá, Oxum e assim por diante, sempre ocultando dos brancos suas verdadeiras crenças, pois sabiam que, se um dia conseguissem se libertar, só seriam aceitos de volta em sua terra se mantivessem seu próprio idioma, suas crenças, seus hábitos e costumes.
Como parte dessa cultura religiosa IMPOSTA, ficou para nós o já elaborado Calendário Cristão e, como ponto alto desse mesmo calendário, está a prática medieval de se observarem os quarenta dias de resguardo da Quaresma que antecedem a Sexta-Feira Santa e a Páscoa.

COMO COMEÇOU

A princípio a igreja se mantinha de luto por quarenta dias, começando na Quarta-Feira de Cinzas.  Os altares e as capelas menores eram cobertos com panos roxos (Nanã?).  Toda atividade artística alegre cessava e, os Terreiros que funcionavam escondidos, temendo represálias por serem descobertos, cessavam suas atividades.
Apesar disso e, considerando que, as atividades com os chamados Guias de Luz e com os Orixás estão paradas, valem-se disso os que trabalham nas sombras, os espíritos dos malignos, que aproveitam-se de estarem desprevenidos os homens bons para promoverem o mau.

A tradição de se fechar os Templos de Umbanda quando não havia liberdade de crença, não tem razão de ser no mundo atual.  Muito ao contrário, é nessa época que NÃO DEVEMOS PARAR, é nessa época em que a “quimbanda maligna” trabalha à vontade, que o Templo deve estar preparado para que, com o auxílio das Entidades de Luz, denunciar qualquer trabalho negativo que tenha sido feito para atrapalhar seus Filhos de Fé ou freqüentadores.
Atualmente, interromper os trabalhos do Templo na Quaresma é descabido, é ingenuidade, é desconhecer que os inimigos trabalham nas trevas e que, se não temos o Preto-Velho, o Caboclo ou qualquer entidade que possam nos avisar do mau feito, estaremos desprotegidos, descobertos, ou seja, nas mãos dos inimigos.

É preciso URGENTEMENTE esclarecer que a Quaresma não é Afro, é hebraico-européia, e que já não é preciso se esconder de ninguém, pois nossa Constituição nos assegura o direito à liberdade de crença e os padres já não podem mais nos queimar nas fogueiras da inquisição.
Por isso, vamos abrir nossos Templos de Umbanda na Quaresma e cuidar com amor dos nossos Filhos de Fé.
Babalaô Ronaldo Antonio Linares

GIRA CIGANA- NAEG

domingo, março 06, 2011

Logunan – O Trono Feminino da Fé- Por Alexandre Cumino




Logunan – O Trono Feminino da Fé
Por Alexandre Cumino
Logunan / Oyá-Tempo, Éos, Moiras, Andrômeda, Horas, Nornes, Rodjenice, Tara, Nut, Shait,  Arianhod, Aya, Tamar, Mora, Menat, Tanith, Nicnevin, Comentário.
Oyá-Tempo  Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Fé, absorve a fé em desequilíbrio, de forma ativa, reconduzindo o ser a caminho de seu equilíbrio. Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita desta qualidade divina com más intenções.
Fator cristalizador e temporal é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Lembrando que nossa relação de espaço-tempo depende totalmente da movimentação dos astros no espaço, da onde vêm conceitos como dia e noite juntamente com nosso senso cronológico. Dizemos que é uma divindade atemporal, pois é em si o próprio tempo não estando sujeita a ele, mas regendo seu sincronismo.
Elemento cristalino. Religiosamente goza de posição de destaque, pois rege a própria religiosidade no ser.
Sua cor é o branco e o preto, que é a presença de todas as cores ou a ausência de todas (em seu aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da fé). Simbolizada pela espiral do tempo, se manifesta em todos os locais, assim como Oxalá com o qual faz um par nesta linha da fé. Cor: Branco e preto ou fumê. Pedra: Quartzo fumê rutilado.
Éos  Divindade grega, conhecida entre os romanos como Aurora, filha de Hipérion com Teia. Irmã de Hélio (o Sol) e Selene (a Lua). Era sua tarefa abrir todas as manhãs os portões do céu para deixar sair a carruagem do Sol. Teve muitas uniões e muitos filhos, entre os quais podemos citar os Ventos e osAstros.
Moiras  Divindades gregas, conhecidas como Parcas entre os romanos. São três irmãs, responsáveis pelo tempo e por tecer os fios de nosso destino. Aparecem humanizadas como anciãs encantadas. Seus nomes são LachesisCloto e Átropos. Filhas de Nyx, a Noite, são elas que tecem os fios de nossa vida e destino. Cloto, “a tecelã”, tecia o fio da vida; Lachesis, “a medidora”, media o comprimento certo de cada fio, e Átropos, “a inevitável”, o cortava com sua ­tesoura.
Andrômeda  Divindade grega das estrelas e planetas, vista como sendo a própria constelação que leva o seu nome.
Horas — Divindades gregas, originariamente a palavra Hora era utilizada para determinar as estações do ano que se dividia apenas em três, Primavera, Verão e Inverno. São filhas de Zeus e Têmis,Eunomia (a Boa Ordem), Dicéa (a Justiça) e Irene (a Paz). Quando surge o conceito de Outono e Solstício de Inverno, duas novas horas aparecem na mitologia, Carpo e Talate, guardiãs dos frutos e flores. Quando os gregos dividiram os dias em 12 partes iguais, os poetas identificaram 12 horas, chamadas “As 12 Irmãs”. Contando-se primavera, verão, outono e inverno as horas aparecem com idades diferentes, nesta ordem, da jovem e ingênua adolescente até a madura e sábia anciã.
Nornes — Divindades nórdicas do tempo e do destino se dividem em Urdhr, a avó anciã (passado),Verdanti, a mãe matrona (presente) e Skuld, a jovem (futuro).
Rodjenice  Divindades eslavas do destino, eram três mulheres que teciam os fios da vida assim como as parcas gregas e nornes nórdicas, eram oferecidas a elas as primeiras porções de comida das comemorações batismais, assim como a placenta do bebê, enterrada ao lado de uma árvore. Eram conhecidas por Rodjenice, Sudnice e Sudjenice ou Fatit, Ore e Urme.
Tara  Divindade hindu, regente do céu e das estrelas, senhora do tempo.
Nut  Divindade egípcia, Divindade do céu, seu corpo forma a abóboda celeste, aparece curvada como um arco sobre a Terra. Nut é o próprio céu, o espaço onde tudo acontece. Representada por uma vaca, também tem a função de recolher os mortos em seu império.
Shait  Divindade egípcia do destino, acompanhava toda a encarnação de cada um anotando seus vícios e virtudes. Ela é quem dava a sentença final após a alma passar pela balança de Maat.
Arianrhod — Divindade celta, guardiã da “roda de prata” que circunda as estrelas, símbolo do tempo e do carma. Deusa da reencarnação tem como símbolo a própria espiral do tempo.
Divindade dos ancestrais celtas vive em sua própria dimensão com suas sacerdotisas. Decide o destino dos mortos levando-os para sua morada ou para a Lua.  Aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha de Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan.
Aya  Divindade babilônica, “Aurora”, esposa do deus-sol babilônico Shamash.
Tamar  Antiga Divindade russa, do tempo, que habitava no céu, de onde regia as estações do ano. Aparece como a virgem que viaja pelo céu montada em uma serpente dourada. Tamar é quem aprisionava o Senhor dos ventos no Verão para soltar no Inverno, para que trouxesse a neve.
Mora  Divindade eslava do tempo e do destino. Aparece como divindade branca e alta para dar a vida, e como negra, olhos de serpente e patas de cavalo para ceifar a vida.
Menat  Antiga Divindade árabe que teve seu culto abolido por Maomé e o Islã. Essa divindade representa a força do destino, senhora do tempo e da morte, aparece sob a forma de anciã.
Tanith  Divindade cartaginense, regente do céu. Aparece com asas tendo o Zodíaco a lhe envolver a cabeça. Usa um vestido repleto de estrelas trazendo em suas mãos o Sol e a Lua.
Nicnevin  Divindade escocesa que rodopia o céu durante a noite para conduzir as almas em sua passagem.
Comentário: O Trono Feminino da Fé, Oyá-Tempo, encontrado em várias culturas, nos mostra uma divindade que, não estando sujeita ao tempo, torna-se atemporal. Passa a regular tudo o que se refere a estações do ano e clima, também mostrando-se presente como o espaço onde tudo acontece, a abóbada celeste, pois a relação espaço-tempo também depende dela. Na Umbanda, pode ser sincretizada com Santa Clara, sempre evocada para resolver as questões relacionadas ao clima e ao tempo, pela maioria das pessoas.
Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras